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FC Porto: viabilidade da Academia com parecer negativo

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O avanço da construção da Academia de formação do FC Porto, idealizada por Pinto da Costa para uns terrenos no concelho da Maia, pode sofrer um duro revés. na sequência de um parecer negativo emanado pela Comissão de Coordenação Regional do Norte (CCDRN) que foi anexado à unidade de execução e que sustenta que «a construção dos campos de jogos implica a destruição de uma área de dispersão de materiais pré-históricos de superfície (…) já assinalada nos levantamentos patrimoniais apresentados no âmbito do processo em curso de revisão do PDM (Plano Diretor Municipal».

Maquete da futura Academia da formação dos dragões (foto: PORTO CANAL)

Na prática, a CCDRN refere que existem achados arqueológicos de nomeada e entende que estamos perante «um espaço geográfico – bacia hidrográfica do ribeiro do Leandro e elevações adjacentes – que terá sido ocupado ou usado pelas populações pré-históricas quer como habitat, quer como necrópole, desde o Neolítico até, pelo menos, à Idade do Bronze», consta ainda do documento.

Não obstante este parecer, a Câmara Municipal da Maia aprovou anteontem a construção da obra, seguindo-se a abertura da hasta pública dos terrenos em falta para a concretização do projeto que é uma promessa há muito adiada por Pinto da Costa. Para dia 11 deste mês está agendada uma reunião da autarquia para dar anuência à hasta pública dos referidos terrenos que estão a ser contestados agora pela CCDRN. Volvidos sete dias, ou seja dia 18 de março, segue o mesmo projeto para a Assembleia Municipal e, caso receba luz verde, será publicada em Diário da República e haverá posteriormente 25 dias seguidos para apresentação de propostas a compra dos mesmos.

Para já, o parecer negativo da CCDRN não travou o andamento da Academia do FC Porto, mas numa fase mais adiantada pode sofrer retrocessos tendo em conta que as razões invocadas de que a área em questão levará à destruição de uma área de matérias pré-históricos.

O projeto prevê a construção de um estádio com lotação a rondar os 2.500 lugares cobertos e que poderá acolher partidas da 2.ª Liga, além dos principais encontros das equipas de formação do FC Porto. O complexo terá ainda nove campos relvados com dimensões oficiais (quatro deles com bancadas para 400 espectadores), além de um campo relvado de futebol de 7.

Quanto ao edifício principal, será constituído fundamentalmente pela Casa do Dragão, um espaço residencial para atletas acolhidos pelo FC Porto (com 70 quartos duplos), e por uma zona técnica desportiva, que engloba, além de balneários para jogadores e treinadores, serviços administrativos, um auditório, salas de reuniões e espaços para as várias áreas desportivas. Manuel Salgado, autor do projeto, terá em conta o tema da sustentabilidade ambiental, da eficiência energética e da contenção dos custos de construção e exploração futura.

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