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O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, direcionou uma mensagem a Pepe. O antigo capitão dos dragões anunciou, nesta quinta-feira, a sua reforma enquanto futebolista profissional. Contudo, para o dirigente azul e branco, o facto de o central pendurar «nunca retirará a braçadeira do FC Porto»
Na mensagem, Villas-Boas, recordou a chegada de Pepe à invicta e desfez o atleta em elogios: «Já na altura era sagaz como poucos e tinha a humildade e a ambição necessárias para vingar. Era dedicado como os mais leais, rápido, duro e letal como os predestinados, Pepe logo percebeu que aqui se sentia bem, que esta era a sua casa. E logo percebemos que o queríamos na nossa casa. Cedo conquistou o coração dos sócios e simpatizantes do FC Porto», escreveu.
Em seguida, reforçou a «arte de ir à luta» de Pepe, assim como a arte de «ganhar o lance e, de seguida, levantar a cabeça e sair com a bola dominada», usando de exemplo a exibição «imperial» do central contra a Juventus, nos oitavos de final da Liga dos Campeões em 2021. Villas-Boas recordou, também, que Pepe tornou-se «o jogador mais velho a marcar na Champions, quando fez o 4-1 contra o Shakhtar».
«Contra os rivais foi um pilar inabalável a empurrar a equipa para memoráveis goleadas, como nos 5-0 em março passado. Todos vimos como respeitou um balneário e como ensinou outros a sentir o peso da camisola azul e branca. A intensidade com que falava para o grupo, na roda a seguir aos jogos, fazia-nos sentir o seu magnetismo», acrescentou.
«Quando por vezes cedíamos ao cansaço ou tínhamos momentos de desalento e duvidávamos da nossa força, vimos o Pepe a voltar atrás e a puxar-nos para a frente, como fazia com os seus companheiros em campo. Sem nos deixar esmorecer e a incutir-nos a certeza de que ainda podíamos dar mais. Porque pelo Porto, tudo! E todos vimos como sorria quando vencíamos qualquer jogo, fosse contra quem fosse», acrescentou.
Villas-Boas concluiu a mensagem afirmando que, «por tudo isto» Pepe merecia o «reconhecimento e carinho» de todos. «Ele é assim: um verdadeiro Portista, campeão em tudo», rematou o dirigente dos dragões com uma última nota: «Hoje decidiu pendurar as chuteiras, mas nunca retirará a braçadeira do FC Porto. Capitão para sempre».
A mensagem completa de André Villas-Boas:
Kepler Laveran de Lima Ferreira, Pepe. O nosso Pepe. O Pepe do FC Porto.
Chegou ao Clube em 2004, com 18 anos. Já na altura era sagaz como poucos e tinha a humildade e a ambição necessárias para vingar. Era dedicado como os mais leais, rápido, duro e letal como os predestinados, Pepe logo percebeu que aqui se sentia bem, que esta era a sua casa. E logo percebemos que o queríamos na nossa casa. Cedo conquistou o coração dos sócios e simpatizantes do FC Porto.
Todos vimos e apreciámos a sua arte de ir à luta, de ganhar o lance e, de seguida, levantar a cabeça e sair com a bola dominada. Como fez naquela exibição imperial contra a Juventus em 2021, quando roubou 18 bolas aos avançados italianos. Todos vimos como ia lá à frente e metia a cabeça onde outros não metiam o pé. Assim se tornou o jogador mais velho a marcar na Champions, quando fez o 4-1 contra o Shakhtar. Todos vimos como defendia o seu território, porque a nossa área e a nossa baliza eram pedaços de terra que defendia como locais sagrados. Contra os rivais foi um pilar inabalável a empurrar a equipa para memoráveis goleadas, como nos 5-0 em março passado. Todos vimos como respeitou um balneário e como ensinou outros a sentir o peso da camisola azul e branca. A intensidade com que falava para o grupo, na roda a seguir aos jogos, fazia-nos sentir o seu magnetismo.
Quando por vezes cedíamos ao cansaço ou tínhamos momentos de desalento e duvidávamos da nossa força, vimos o Pepe a voltar atrás e a puxar-nos para a frente, como fazia com os seus companheiros em campo. Sem nos deixar esmorecer e a incutir-nos a certeza de que ainda podíamos dar mais. Porque pelo Porto, tudo! E todos vimos como sorria quando vencíamos qualquer jogo, fosse contra quem fosse.
Por tudo isto, merece o nosso reconhecimento e carinho. O que torna o Pepe verdadeiramente especial é que ele retribuiu em dobro tudo o que lhe demos e estamos certos de que assim continuará. Ele é assim: um verdadeiro Portista, campeão em tudo.
Em duas fases diferentes, entrou em campo 290 vezes de Dragão ao peito. Sempre com a mesma galhardia e brio. E levantou 15 troféus: uma Taça Intercontinental, quatro campeonatos, cinco Taças de Portugal, quatro Supertaças e uma Taça da Liga. Sempre com aquele sorriso.
Hoje decidiu pendurar as chuteiras, mas nunca retirará a braçadeira do FC Porto. Capitão para sempre!Em nome de todos os Portistas, muito obrigado.
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