O FC Porto recebe hoje, pelas 21h15, no Estádio do Dragão o Moreirense, naquele que será o jogo da consagração.
Conquistado que está este (difícil) título, o que achas que Conceição deveria fazer?
Gerir a equipa e dar minutos aos mais utilizados numa época que já vai (muito) longa?
Ou ser “coerente” e competitivo, privilegiando a tão propalada “verdade desportiva” e alinhas com aqueles que lhe dão mais garantiras?
Convidado a responder a esta questão, Conceição, na conferência de imprensa de antevisão a este jogo disse.
“Gestão? Não sou disso de fazer gestão ou premiar. Poderá haver mudanças, mas tem a ver com o jogo que vamos disputar. Vai contra o rigor que eu tenho e o que sou, não é a isso que os jogadores estão habituados. Defrontamos equipas que merecem respeito, por isso vamos entrar fortes. Não é o FC Porto campeão que vai entrar, é o FC Porto que entrou antes do jogo com o Sporting”
Quanto à possibilidade de Diogo Costa defender as redes esta noite, Conceição respondeu “Nunca digo a equipa antes, os jogadores são os primeiros a saber. Nos próximos jogos verão o que vai acontecer”
Instado a comentar o bom momento que vive Fábio Vieira, Sérgio Conceição foi fiel a si mesmo – salvo raras exceções- e não quis individualizar.
“É um jovem como outros que acompanhamos durante o ano, que achámos que tinha qualidade para estar no plantel e a seu tempo tem ganhado espaço. Falar só dele e não falar do Vítor Ferreira, do João Mário, do Romário, do Diogo Costa, do Diogo Leite, do Fábio Silva…, temos muito miúdos que são valores seguros e vão dar alegrias num futuro próximo ao clube”.
Em minha opinião, Conceição foi “politicamente correto”, sem abrir muito o jogo, mas estou em crer que vão haver algumas alterações.
Se fosse eu, o meu 11 seria
Diogo Costa
Tomás Esteves, Mbemba, Diogo Leite, Manafá
Fábio Vieira, Danilo, Vítor Ferreira, Baró
Corona e Fábio Silva
O objetivo desta rubrica NÃO é acertar no 11, mas sim dizermos qual seria o nosso 11 e justificar (se assim quiserem).
Eu alinharia com este 11 por 2 razões:
1 – O principal objetivo da época está alcançado, mas temos um segundo ao virar da esquina, a época já vai longa e há jogadores que claramente suplicam por descanso. Porto que é porto quer ganhar tudo e as atenções têm que já estar viradas para 1 de agosto, sem negligenciar qualquer jogo!
2- Esta é a condição ideal para estes jovens todos jogarem e se desenvolverem. Jogo sem grande pressão, campeões, frente a um clube que também já não vem lutar para o pontinho, que gosta de jogar bom futebol e um jogo aberto, em que estes “meninos” seriam postos à prova num jogo de maior exigência, mas sem grande pressão. Se eles são o futuro do FC Porto, como tantas vezes Conceição tem apregoado (e eu quero acreditar que são mesmo, porque têm MUITAAAAA qualidade), há que os ir preparando.
Passo então às explicações do 11.
Diogo Costa – merece jogar o último jogo da época em casa, mesmo que não haja adeptos ☹. Estou em crer que se efetivamente Claúdio Ramos vier, Diogo Costa vai ser emprestado para ter minutos de jogo. Estou também convencido que Conceição vai coloca-lo a titular na final da taça e, como tal, precisa de minutos.
Tomás Esteves – Tenho muita fé neste menino, e nos poucos jogos que jogou correspondeu às expectativas, sendo que ainda se mostrou algo “tímido” no ataque, fruto da pressão e da exigência máxima que o FC Porto tinha em ganhar esses jogos. Jogo ideal para se desenvolver. Aliado a isto, Alex Telles está “morto” e vamos precisar de um Alex fresquinho para a taça, logo Manafá passaria para a esquerda.
Mbemba – Para mim é o atual patrão da defesa.
Diogo Leite – Se calhar já iria incluir Leite neste 11 se o título fosse confirmado, mas com a suspensão de Pepe (5 amarelos), não restam dúvidas.
Manafá – Alex Telles precisa de estar fresquinho para a taça!
Fábio Vieira – Tirá-lo do 11 neste momento devia ser crime!
Danilo – Nem só de Juventude pode ser feita uma equipa. É preciso equilíbrio e o capitão pode colocar ordem no meio de toda aquela irreverência (para o bem e para o mal). Para além disto, Danilo parece querer voltar a ser o Danilo dos melhores tempos de FC Porto e precisa de continuidade para estar “no ponto” para a final da taça.
Vitinha – Vitinha tem perfume nos pés. Com ele a bola “não chora” e sai sempre redondinha. É um predestinado e merecia uma oportunidade a titular!
Baró – Conceição fez questão de falar em outros jovens na conferência de antevisão para além de Fábio Vieira e Vitinha – jogadores que mais têm jogado – e Baró foi um dos enumerados. Baró começou muito bem a época, mas viu um conjunto de lesões e de peripécias atirá-lo, primeiro para o banco e depois para a bancada. É um excelente jogador (eu acompanhei a carreira dele nos sub-19 e na equipa B), que precisa de oportunidades. É um jogador que precisa de estar bem mentalmente para render (se calhar o mais fraco nele ainda é esta maturidade competitiva, parece-me “demasiado ingénuo”) e deve estar a passar uma fase de menor confiança. No 11, ou lançado do banco, para mim, hoje, tem de jogar!
Corona – O mágico mexicano está de regresso as opções, após cumprido o castigo com o Sporting, no jogo que nos deu o título. E que falta fez a criatividade e genialidade de Tecatito nesse jogo – principalmente na 1ª parte, quando a defesa do Sporting estava mais fresca e concentrada. Se tivesse jogado, era apologista de o descansar para novas batalhas. Assim sou da opinião que jogue e saia aos 60 minutos e que no último jogo fique no banco e entre aos 60’. É o nosso melhor jogador.
Fábio Silva – Fábio Silva acusou, na minha opinião (mais uma vez, repito que é apenas opinião pessoal), o toque da subida ao plantel sénior de forma tão repentina e, até, algo abrupta. Não teve qualquer passagem pela equipa B (foi pontualmente à equipa B, para ter alguns minutos, mas sem continuidade), e isso faz com que não se sinta ainda preparado para o futebol de alta competição, nomeadamente para o choque. Melhor jogo que este para ganhar confiança não há. O nosso futuro depende muito dos nossos meninos e Fábio é capaz de ser a figura de maior cartaz da nossa formação, não tivesse ele uma cláusula astronómica de 125M€. E, não querendo desviar-me da ideia do nosso técnico que “não se deve premiar por premiar, ou por serem jovens da cantera”, a titularidade era uma bonita prenda de aniversário atrasada que o nosso técnico podia-lhe conceder.
No decorrer do jogo, lançaria Mbaye (Marche não iria para o banco hoje se eu fosse o treinador), para também ele se poder sagrar oficialmente campeão.
Iker, infelizmente, pelas razões que hoje já anunciei (não tem autorização médica), não poderá tornar-se oficialmente campeão pelo FC Porto, época 2019/2020.
Muito dificilmente (diria mesmo impossível) este vai ser o 11 escalado, mas o objetivo é cada um de nós portistas dizer o seu 11.
E tu, que 11 colocavas?
Vê a explicação de Sérgio Conceição sobre a eventual gestão da equipa abaixo (ver do minuto 2:20 ao 4:10)