Pereira da Costa, CFO do FC Porto, defendeu que devia ser permitida a venda de álcool nos estádios, como forma de captar mais receita. Seria mais fácil combater o impacto do IRS do que implementar um regime fiscal diferente para os futebolistas.
«Mais fácil será a autorização de álcool nos estádios. Isso traria as pessoas mais cedo para o estádio, ajudaria a criar mais receita no curto prazo e a mitigar alguns custos. O FC Porto tem planos para melhorar substancialmente a experiência dos adeptos no estádio e investir para trazer as pessoas para dentro do estádio», defendeu, no Thinking Football Summit.
O dirigente apontou a «brutal carga fiscal» em Portugal como um dos fatores para a Liga portuguesa ter «passado de sexto para sétimo e perdido mais uma equipa na Liga dos Campeões.»
«Nos cálculos para o fair-play financeiro, a UEFA usa ajustes e a média mostra que há desvantagem estrutural relevante face a certos países na altura de reter ou atrair talento. Quando disputamos um jogador com um país como Itália, que tem uma taxa mais baixa e tem vantagem de estatuto de residente não habitual, há uma diferença muito grande. O facto de termos passado de sexto para sétimo e termos perdido mais uma equipa na Liga dos Campeões representa perda para Portugal à volta de 40 M€. Se não atuarmos depressa, pode ser pior», reforçou, juntando: «Olhando às receitas ‘core’, lutamos em patamares desiguais. Os direitos televisivos têm valor muito inferior, em termos de receitas de participação na UEFA igual, até porque há um valor que tem que ver com as dimensões dos mercados. Nas receitas lutamos com desvantagem e estamos a competir com clubes e países com dimensão desigual.