Sérgio Conceição tem uma cláusula no contrato de quatro anos que assinou com o FC Porto a dois dias das eleições que lhe permite ser ressarcido financeiramente caso André Villas-Boas opte pela sua saída do comando técnico. Além disso, caso o treinador tenha em mãos um convite tentador do ponto de vista desportivo e financeiro também poderá sair, mas sem ter de pagar qualquer contrapartida económica à SAD azul e branca.
A conversa para definir o futuro do técnico com o novo presidente dos dragões está agendada somente para depois da final da Taça de Portugal, agendada para o dia 26, no Jamor, diante do Sporting. Em termos oficiais, André Villas-Boas só deve assumir poderes na SAD passados dois dias e será por essa altura que o dirigente e técnico se vão reunir para encontrar a melhor solução para o FC Porto.
Refira-se que Sérgio Conceição manteve os mesmos valores do anterior contrato (3,5 milhões/net), o que representa um total bruto de sete milhões de euros por temporada, o que perfaz 28 milhões de euros brutos (14 milhões de euros/net) até 2028, precisamente o tempo que durará o mandato do novo líder azul e branco.
Elementos da Direção acompanharam o presidente numa viagem pela história
À luz dos vínculos laborais, nenhuma entidade patronal pode demitir um funcionário sem a devida compensação financeira e Sérgio Conceição tem essa prerrogativa no contrato assinado com Pinto da Costa, sendo que o valor indemnizatório poderia chegar ao valor de 28 milhões de euros, mas seguramente será bastante mais baixo dado que Sérgio Conceição não quererá nunca prejudicar o clube do seu coração.
É de facto um tema sensível caso a nova Direção opte pela não continuidade do técnico e que obrigará, na circunstância, a mais um esforço financeiro brutal. Mas são tudo meros cenários nesta altura, ainda que a situação não deixe de preocupar Villas-Boas e a sua equipa. Sérgio Conceição, por seu lado, vai ouvir o projeto idealizado pelo novo presidente e decidir depois o que será melhor para si e para o FC Porto.