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Graças a um enorme empenho por parte Direção Financeira, a SAD do FC Porto conseguiu superar enormes adversidades e passou no controlo Comité Financeiro da UEFA que amanhã será feito pelo organismo que tutela o futebol europeu — documentos comprovativos já foram enviados. A atual Administração correu contra o tempo e abrir uma frente de diálogo com os credores e colocou em cima da mesa os desafios e as dificuldades decorrentes de um quadro financeiro caótico e complexo herdado da anterior administração.
Os responsáveis portistas, que por intermédio de José Pereira da Costa, administrador com o pelouro financeiro da SAD, e José Luís Andrade, responsável pelas áreas Jurídica e de Relações Internacionais na comissão executiva da FC Porto, estiveram no passado dia 3 de junho na sede da UEFA, em Nyon, na Suíça, cumpriu no último trimestre os pressupostos que constam do Regulamento de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira da UEFA. Na prática, foram cumpridos escrupulosamente os ‘overdue payables – atrasos no pagamento dos salários, dívidas vencidas às autoridades fiscais, Segurança Social e a clubes.
Recorde, a propósito, que o Comité de Controlo Financeiro da UEFA decidiu excluir o FC Porto por uma época das competições europeias, exclusão que fica suspensa e só será efetivada caso o clube azul e branco não cumpra o ‘fair-play’ financeiro durante as épocas de 2025/26, 2026/27 e 2027 /28. Foi ainda aplicada ao FC Porto multa de €1,5 milhões de euros por «dívidas vencidas a outros clubes de futebol, funcionários e/ou autoridades sociais/fiscais».
Os azuis e brancos continuam sob supervisão da UEFA e haverá dois novos controlos da sustentabilidade financeira, um primeiro em setembro e outro em dezembro. O exercício da SAD de 2023/24 pode até apresentar um saldo negativo — o 1.º semestre fechou positivo em €35 milhões, mas o passivo é superior ao ativo corrente em €176 milhões e muita água correu debaixo da ponte —, mas a UEFA indicou a necessidade de o FC Porto fazer um controlo rigoroso dos custos e ser inteligente no mercado de transferências.
Numa época de vigilância atenta às contas dos azuis e brancos, é imperioso e mesmo obrigatório o FC Porto fazer uma grande venda este verão. Villas-Boas falou sobre isso na Câmara Municipal do Porto – «Estamos obrigados a fazer algumas mais-valias por causa dos regulamentos da UEFA», situou. Ao mesmo tempo afastou a intenção de salvar as contas com a transferência de Diogo Costa, ainda que haja uma cláusula de €75 milhões que pode ser acionada por um grande clube, no futuro. Uma transferência pode também traduzir-se na soma de vários negócios (Francisco Conceição, Diogo Costa e Wendell, ou outros ativos valiosos do plantel), mas para a UEFA importa que a mais-valia seja significativa, de forma a que FC Porto tenha instrumentos financeiros para atacar a dívida de curto prazo e ganhar liquidez. Outra recomendação da UEFA aos portistas é ter uma rigorosa disciplina orçamental na compra de jogadores.
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