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Declarações de Lucho González, antigo médio do FC Porto, no podcast “Dois Um Podcast”.
Primeira passagem pelo FC Porto: “Quando cheguei a Portugal, eu entendia mais os portugueses do que os brasileiros. Mas três meses depois, era o contrário. Foram quatro anos em que fomos campeões seguidos, mas eu precisava de um desafio diferente e pedi para sair. O meu sonho era jogar em Espanha, mas não se concretizou. Aquelas equipas do FC Porto tinham jogadores que fizeram carreiras extraordinárias. Jogar com os melhores faz de ti um jogador melhor. Esses quatro anos e outros dois e meio foram muito marcantes.”
Regresso aos dragões: “Eu tinha mais um ano e meio de contrato com o Marselha e não estava a jogar e eles precisavam de reduzir a folha salarial, então decidiram que era melhor eu sair. Tinha uma proposta do Arsenal, mas era por empréstimo, porque eles não contratavam jogadores de uma certa idade. Seria um empréstimo por dois anos, e eu estava louco para ir, mas o Deschamps não me deixou. Também tive uma oferta da Lázio pelos mesmos valores. Quando surgiu a oportunidade de voltar ao FC Porto, não pensei duas vezes, reduzi o salário e fui o primeiro estrangeiro a regressar ao clube. O Benfica do Jesus estava à nossa frente, com cinco pontos de vantagem. Perguntaram se a minha chegada ia mudar alguma coisa, mas diziam que eu já estava velho, que era mais para o balneário, e nós fomos campeões. Foi impressionante.”
Golo do Kelvin: “Faltava uma jornada e com o empate o Benfica mantinha dois pontos à nossa frente, o árbitro deu quatro minutos de desconto e marcámos aos 90+2′. A maioria dos adeptos considera esse golo como um dos momentos em que o estádio mais comemorou.”
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