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Foi uma verdadeira noite de bruxas aquilo que aconteceu ao FC Porto ontem.
Tudo correu mal e a derrota foi justissima, num jogo em que apenas o clube da casa se pode queixar da arbitragem.
Sou portista fanático e doente, certamente tanto ou mais que vocês, mas o coração o não me tolda o discernimento e a razão. As coisas estão mal e é preciso colocar o dedo na ferida: a começar pela SAD, mas isso é tema para outro post. Agora vamos detalhar o jogo de ontem.
CONCEIÇÃO mudou 3 peças, 2 por obrigação (Zaidu e Pepe), 1 por opção, Fábio Vieira por Grujic, depois do sérvio ter dado boas indicações na última terça-feira.
Conceição tentou segurar o meio campo, mas foi precisamente aí que começou o DESCALABRO portista. Meio campo completamente perdido, mal posicionado, sem identificação das zonas da pressão e de quem seria assumidamente o duplo pivot. Aliado a isso, os avançados do Porto não conseguiam fazer uma pressão sincronizada com os médios e falhavam (quase) todos os momentos no ataque à bola. Para além de tudo isso, uma enormidade de passes falhados faziam com que não conseguíssemos ligar jogo ou até fazer sequer 3 passes seguidos sem perder a bola! Muito mau mesmo
O Paços percebeu isso e castigou esses minutos erráticos com golo. Mau passe de Diogo Leite – substituiu Pepe no 11, bola em Luther Singh, corte de Corona (que estava em contrapé no início do lance, já muito projetado no ataque, e sem compensação) em desespero, a isolar avançado do Paços. 1-0 para o Paços. O Porto até reagiu bem, e os 10/15 min após o primeiro golo pacense talvez tenham sido os melhores do Porto no jogo, o que diz bem da nossa horrível exibição. Logo no lance a seguir ao golo, Evanilson desmarca-se bem, mas permite a defesa ao guarda redes. Passado 3 min, Grujic fica a milímetros de marcar de canto. E pouco depois Sérgio Oliveira marca um livre (quase) exemplarmente batido, com a bola a bater no poste.
A partir de aí, Paços Paços e Paços. A jogar de amarelo, os jogadores azuis e brancos deviam pensar que era o Borussia Dortmund tal a forma como tremiam sempre que os pacenses passavam a linha do meio csmpo. Passes errados atrás de passes errados, mais posicionamentos e descompensações e o escândalo acontecia. Bola na direita do Paços (onde esteve Manafá ontem??), cruzamento atrasado, Dor Jan falha o remate, bola sobre para Singh e…2-0. O VAR viu uma falta sobre Mbemba e anulou o golo. Honestamente, e como sou PORTISTA, mas não CEGO, não vejo qualquer falta sobre Mbemba que mudasse o que quer que seja no rumo da jogada. Adiante.. Em vez de aproveitarmos o natural desnorte dos pacenses pela revolta que o golo anulado causou – Pepa até foi expulso – continuamos apáticos no jogo e foi sem surpresa que o Paços chegou ao 2-0, desta vez a valer. Golo a papel químico do golo anulado. Contra ataque do Paços, equipa muitooooooo mal posicionada (mais uma vez Manafá, mas não só, perdido), bola na direita para Hélder Ribeiro, passe atrasado e golo de Eustáquio, sem hipótese para Marche. Os dragões não conseguiam reagir, e foi completamente contra a corrente do jogo que chegaram ao empate. Lance muitooooooo polémico, com Eustáquio a cortar um lance com a mão dentro da área, quando estava a usar os braços para se apoiar no relvado. Sobre a minha opinião do lance, digo apenas que contra o nosso Porto ficava FURIOSO, acho que isso diz tudo. Penalty bem cobrado por Sérgio Oliveira e 2-1 para o Paços.
Segunda parte igual que a a primeira. Equipa desgarrada, sem ideias e a falhar imensos passes. Já depois de Marche ter anulado o 3-1 a Marco Baixinho, Marega coloca a bola na mão inadvertidamente, mas aumenta a volumetria do corpo. Penalty bem assinalado e o ex-portista Bruno Costa a fazer o 3-1. O FC Porto teve algumas aproximações, mas nunca teve um lance de real perigo, jogando sempre mais com o coração do que com a cabeça .A exceção era NAKAJIMA, excelente entrada do japonês. Até ao fim do jogo pareceu sempre mais perto o 4° golo pacense do que o 2° azul e branco. Ainda assim, um golaço de raiva de Otávio aos 79′ colocou a dúvida no resultado final. Mas esta noite não era de todo para o porto. Eustáquio mandou a barra e Bruno Costa possibilitou grande defesa a Marchesín, o Porto não conseguiu incomodar uma única vez Jordi até ao final.
Mau, muito mau!
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