Adelino Caldeira, administrador da SAD do FC Porto, está a ser alvo de suspeitas de conluio com Fernando Madureira, líder dos ‘Super Dragões’, para criar um ambiente de intimidação e medo durante a Assembleia-Geral (AG) do clube, que ocorreu a 13 de novembro. No entanto, Adelino nega veementemente qualquer envolvimento nesses acontecimentos, afirmando que nunca instruiu ninguém a agir de forma inapropriada durante a AG.
Num comunicado, Adelino Caldeira declarou: “É falso que tenha instruído seja quem for a fazer fosse o que fosse na dita Assembleia Geral. Porque nunca tive com as pessoas hoje detidas quaisquer conversas acerca dessa Assembleia Geral – seja antes ou depois, de forma direta ou indireta – ou sequer de outros assuntos relacionados com a vida institucional do FC Porto, só por maldosa especulação e efabulação se terá envolvido o meu nome nos reprováveis acontecimentos daquela Assembleia Geral.”
O administrador também expressou desagrado com a forma como o seu nome foi associado a esses eventos, criticando a Justiça por dar crédito a suspeitas infundadas contra si, sem oportunidade de contraditório. Ele afirmou ainda que, eventualmente, tomará conhecimento de quem difamou o seu nome e agirá de acordo para que essa pessoa seja exemplarmente punida.
Durante a AG em questão, um adepto foi agredido e retirado do pavilhão do Dragão Arena após criticar o clube durante o seu discurso. As críticas não foram bem recebidas por alguns presentes, o que resultou em desacatos no recinto.
Além disso, numa megaoperação da PSP, Fernando Madureira, a sua esposa e outros dez elementos dos ‘Super Dragões’ foram detidos, e as autoridades apreenderam armas, estupefacientes, um cofre com 50 mil euros, três carros de luxo pertencentes a Madureira, bem como material informático e peças de vestuário.