Na coluna habitual na revista Dragões, com o artigo “Não saiu”, Pinto da Costa critica a imprensa nacional uma vez mais por disseminar notícias “negativas e falsas” que têm prejudicado o FC Porto nos últimos meses.
Apesar da controvérsia com os jornais e televisões, o líder máximo do clube revela motivos que o fazem encarar a nova temporada com otimismo.
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“Está quase a começar uma nova temporada e eu só posso encará-la com otimismo e esperança. As minhas expetativas são positivas por três motivos: porque vencemos cinco dos últimos seis troféus nacionais; porque mantemos o essencial da estrutura, da equipa técnica e do plantel que nos conduziram a esses sucessos; porque os inimigos que temos na comunicação social e que reforçam os ataques contra nós quando sentem que constituímos uma ameaça estão muito agitados.
Foi a 4 de junho que, graças a uma exibição brilhante, derrotámos um adversário excelente na final da Taça de Portugal. Desde essa altura, na maioria dos jornais e televisões, sobretudo nos que trabalham a partir de Lisboa (ou seja, praticamente todos), as notícias sobre o FC Porto são quase sempre negativas e constantemente falsas. Diziam que precisávamos de vender os nossos melhores jogadores ao desbarato, porque se isso não acontecesse entraríamos em incumprimento do fair play financeiro. Era mentira. Diziam que o Sérgio Conceição ia sair para o Nápoles. Não saiu. Depois ia sair para o Tottenham. Não saiu. Depois ia sair para o Paris Saint-Germain. Não saiu. E não saiu, porque é um homem de grande caráter, ama o FC Porto, e tem valores muito superiores ao ‘vil metal’. Depois ia sair para clubes árabes de cujos nomes já nem me lembro. Não saiu. Depois o FC Porto não tinha dinheiro para se reforçar. Contratámos o Fran Navarro, que todos os especialistas consideram como um dos avançados mais promissores do campeonato português. Aí surgiu um novo problema: tinha sido demasiado barato. Entretanto, já não era o Sérgio Conceição que ia sair, era o Otávio. Não saiu.
No que ao FC Porto diz respeito, a maior parte do papel e do tempo gasto pela imprensa portuguesa durante o último mês e meio foi dedicada a coisa que não aconteceram. Percebo cada vez melhor por que é que esta altura do ano é conhecida como ‘silly season’. Ainda bem que as minhas decisões não são e nunca foram tomadas em função do que dizem os jornalistas e comentadores.”