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Sérgio Conceição deu uma longa e interessante entrevista ao jornal OJOGO, que vai ser escalpeblizada por nós ao longo de vários artigos/temas.
Aqui trago-vos o tema Nakajima.
Não posso ser hipócrita e devo reconhecer que sou um claro apreciador de Nakajima…enquanto jogador. Não o conheço como homem, e muito menos como colega de balneário, só conheço o que todos conhecemos: Não foi profissional, não foi competitivo, não mostrou compromisso com o clube e muito menos teve espírito de grupo. Conceição confirmou que não gostou e as palavras que lhe endereçou não são muito animadoras para o japonês. Após responder a uma pergunta sobre a alegada falta de sentimento sobre Uribe, Marche e Diaz, na célebre festa sul americana, que desencadeou a forte frase “Para se jogar no FC Porto não basta ter contrato, é preciso sentir”, o jornalista perguntou se a frase se aplicava também a Nakajima e o treinador azul e branco respondeu…isto:
OJOGO :”O caso Nakajima enquadra-se nessa falta de sentimento?
Sérgio Conceição: Sem dúvida nenhuma.
J: Como profissional de futebol a autoexclusão foi estranha. Os colegas e a equipa técnica sentiram que ele ficou em falta?
SC: Daí a nossa azia, de todos. Um dos princípios básicos de qualquer clube é haver esse compromisso. O Nakajima vem de uma cultura totalmente diferente. Houve um problema depois de ele sair daqui e, a partir desse momento, já não posso fazer nada porque deixa de fazer parte do meu trabalho. Foi uma situação que a SAD teve de resolver com o jogador. Depois disso, achei que foi muito mau para o grupo de trabalho e ele teve de resolver com o grupo. A seguir, entrei eu para decidir o que fazer. Ele sentiu que não esteve bem. Foi um momento difícil para todo o mundo e continua a ser, porque isto ainda não acabou.
J: Mas os colegas treinaram no Olival e jogaram e ele ficou em casa…
SC: Por isso é que não foi fácil para ele. Sofreu um bocado porque, no momento em que se sentia psicologicamente apto, teve de sofrer a consequência do seu gesto. Isso é normal. E só está aqui porque temos um grupo de trabalho fantástico. Os colegas fizeram muita força para que o Nakajima voltasse.
J: E agora está no mesmo patamar dos outros?
SC: A partir do momento que entra aqui e treina está no mesmo patamar, mas tem é de treinar como os outros, se
não, deixa de estar no mesmo patamar. O Nakajima tem uma forma de estar que as pessoas não conhecem. Vêm
o Nakajima tecnicamente apetecível, mas o futebol não é só isso. É preciso esse compromisso, o trabalho dentro do campo. O Nakajima não tem de fazer o mesmo que o Pepe ou o Mbemba. Se ele fizer o seu trabalho, dentro da equipa, emprestando a sua qualidade técnica, muito bem. Se não o faz, desce de patamar em relação aos que jogam habitualmente, que são os que me dão mais garantias. Se gosto de ver o Nakajima? Se estiver numa tarde com os amigos, se calhar é o jogador mais brilhante, não tenho dúvidas. É pequenino, é engraçado, vira-se bem, gira… Hoje em dia, toda a gente fala de futebol e acha que percebe de futebol, mas o problema é o
que dizem e passam para as pessoas. É inacreditável, e acontece cada vez mais. Há muito pouca qualidade nos
nossos comentadores.
As palavras de Conceição denotam que o treinador ainda não “engoliu” bem toda esta situação e dá até a entender que o “pequeno imperador” não mostra muito empenho nos treinos. E toda a gente sabe como Sérgio gosta de gente trabalhadora e que dá tudo pelo colega de lado.
Mesmo com o perdão da SAD, do treinador e dos colegas de equipa, adivinham-se tempos difíceis para Nakajima.
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