Não há jogador na história do FC Porto com mais jogos disputados numa só temporada do que Pepê: foram 55 partidas na temporada 2022/23, com cinco golos marcados e 10 assistências. Terminou a última campanha também em alta, com menos jogos (50…) mas mais golos, oito, e influência direta noutros nove, através de passes que só ele sabe fazer.
«É o segundo ano consecutivo a fazer 50 jogos. Fico muito feliz pela confiança no meu trabalho e por tudo o que tem acontecido na minha vida. Ser convocado para a Copa América é um sonho, poder defender o meu país numa competição de alto nível é algo que me deixa muito orgulhoso. É o momento certo para jogar a este nível e espero poder estar no meu máximo», afirmou o médio, na partida para os Estados Unidos, país que organiza a prova.
Tanta resistência aliada a uma velocidade furiosa tem um segredo. «Cuido-me bastante. Temos a cobrança do míster, portanto, temos de nos cuidar, preparar bem, porque sabemos que a época é longa, que são jogos muito difíceis que exigem o máximo de todos. É este o foco, temos que estar preparados durante toda a época», expõe.
Com humor, diz que não tem estatuto de menino querido de Conceição. «Se ele cobra menos de mim?! Nada, ele cobra bastante a todos! Não tem nenhum ali que escapa!», solta, entre risos. «Fico feliz pela confiança que o míster e toda a equipa técnica têm no meu trabalho. É uma exigência muito grande, porque poder jogar 50 jogos num clube como o FC Porto, que é um dos grandes da Europa, é uma honra para mim, que me motiva cada vez mais para que eu possa melhorar», sintetiza.
«O míster é uma pessoa que cobra bastante durante todos os jogos e essa exigência é boa para estarmos no mais alto nível…» Trava um pouco. Percebe que vem aí a pergunta a que não pode fugir, a saída de Conceição. Fica o agradecimento: «Para mim ele, no meu crescimento, foi incrível. Tornei-me no jogador que me tornei graças a ele. Vai ser um bocado estranho caso ele não continue. Mas a gente tem que pensar no clube, que é o mais importante.»