Futebol

PINTO DA COSTA VOLTOU A ARRASAR GOVERNO PORTUGUÊS

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O presidente do FC Porto voltou às duras críticas ao governo português, a respeito da perseguição e discriminação que Pinto da Costa diz ser alvo o futebol…

Com muita ironia à mistura, Pinto da Costa critica o governo e aproveita para puxar dos galões no que à organização da final da Champions e outros eventos diz respeito.

A realização da final da Liga dos Campeões no Estádio do Dragão só pode encher os adeptos do FC Porto de orgulho. Não por qualquer deslumbramento especial em relação a um jogo que é obviamente muito importante – felizmente, os portistas estão habituados a vibrar com a própria equipa em encontros da maior relevância -, mas porque o clube voltou a dar cartas, em colaboração com a UEFA e a Federação Portuguesa de Futebol, e exibiu uma superior capacidade de organização. Também isto não é novidade, ou não devia ser. Recordo, já no contexto da pandemia que começamos a ultrapassar, a forma brilhante como foram organizadas as eleições do FC Porto de há um ano ou o jogo a que chamaram teste-piloto com o Olympiacos para a Liga dos Campeões, em outubro. Nessas duas ocasiões, correu tudo na perfeição. A 29 de maio aconteceu a mesma coisa. Parece, no entanto, que o Governo português não conhece a capacidade de organização dos clubes nacionais ou não confia neles. Para um jogo internacional, mesmo realizado em Portugal, foi autorizada a presença de mais de 14 mil adeptos nas bancadas. Se em causa estivesse um encontro da Liga portuguesa ou da Taça de Portugal, o estádio estaria vazio. É verdade que não faltariam alternativas aos nossos adeptos. Se quisessem, podiam ir aos milhares para o Pavilhão Super Bock assistir a concertos. Se morassem em Lisboa, podiam ir a uma praça de touros participar em espetáculos de comédia. Ou seja, até podiam participar em eventos com aglomerações de pessoas, desde que decorressem em espaços fechados e com muito menos condições do que os estádios”.

“Se alguém tiver alguma explicação, agradecia que ma enviasse, porque ninguém entende esta diferença de critérios e esta perseguição ao futebol. Se não houver explicações, como já disse publicamente, não resta alternativa aos responsáveis por isto: têm de se demitir ou ser demitidos. E se os seus superiores não tiverem competência ou coragem para fazê-lo, também não têm outra saída que não seja o abandono de funções. O hábito de as culpas morrerem solteiras é uma das principais causas do atraso de Portugal em tantos domínios.”

Estas declarações foram feitas à revista Dragões.

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