À medida que o tempo passa vão-se conhecendo algumas decisões controversas tomadas por parte da Administração da SAD cessante antes de abandonar a Administração que dificultam sobremaneira os novos responsáveis do FC Porto. Além da questões relacionadas com a celeridade na compra dos terrenos da Academia da Maia, do negócio igualmente feito à pressa e com fins eleitorais da empresa Ithaka, relativo à venda dos direitos comerciais do Estádio do Dragão nos próximos 20 anos, da multa que o FC Porto terá de pagar à UEFA devido ao incumprimentos dos pressupostos do fair-play financeiro e de dívidas amontoadas relativamente a credores, sabe-se agora que Pinto da Costa e os restantes administradores anteciparam em final de março a segunda tranche da venda de Otávio aos sauditas do Al-Nassr, uma verba de 19 milhões de euros que só deveria ser paga no próximo mês, ou seja, na era André Villas-Boas.
Segundo conseguimos apurar, esta antecipação só foi possível graças a um desconto feito pelos responsáveis de então, pelo que o montante recebido não foram os 19 milhõs de euros na totalidade, mas um pouco menos, isto para acelerar a entrada de dinheiro nos cofres da SAD.Esse montante foi prontamente canalizado para pagar despesas correntes, salários em atraso, impostos e ainda pagamentos a clubes de transferências jogadores, concretamente relativos a David Carmo, Nico González e Otávio, defesa contratado em janeiro ao Famalicão por 12 milhões de euros.
Esta antecipação de receita só foi conhecida depois da tomada de posse da nova Administração da SAD, que se realizou a 28 de maio. Mais uma contrariedade em termos de tesouraria para os novos corpos sociais e Administração, pois este valor seria utilizado para desafogar um pouco a exigência de liquidez nos primeiros tempos após a tomada de posse. Refira-se, a propósito, que Otávio foi vendido ao Al-Nassr por 60 milhões de euros, já foram pagas duas tranches desse montante total, faltando a última de €19 M em julho de 2025.