Ora, vamos lá voltar a falar de futebol. Com a polémica do clássico e a polémica do jogo de hoje esqueci-me completamente de escrever a crónica do último clássico, peço desculpa por isso.
O FC Porto empatou em casa na última sexta-feira frente ao Benfica, num jogo em que, diga-se a verdade, não estivemos ao nosso melhor nível.
Até começamos bem o jogo, com uma oportunidade flagrante falhada por Mbemba, mas o Benfica aos poucos, conseguiu equilibrar o jogo, apresentando uma agressividade (muitas vezes no limite da ilegalidade) pouco comuns aquelas bandas. Com o jogo mais equilibrado, e numa boa jogada do Benfica, os encarnados aproveitaram a falta de rotinas da equipa do FC Porto com Nanu e investiram pelo lado esquerdo do ataque – onde Grimaldo foi a surpresa, com Nuno Tavares mais atrás – e o espanhol, após boa assistência de Seferovic abriu o ativo. Mal Nanu, mal os centrais, mal os médios. Mérito para o Benfica.
Nós acusamos o golo e abanamos nos minutos seguintes, criando o Benfica alguns lances que perigo que poderiam ter levado maior perigo, valeu desacerto de algumas unidades ofensivas dos encarnados.
Não marcou o Benfica, marcamos nós. Boa jogada coletiva do FC Porto, com grande trabalho de Corona e assistência para finalização certeira de Taremi, a meias com Marega. Vive um estado de graça o iraniano em que tudo lhe sai bem. A continuar assim.
Até ao final da 1ª parte, quer o FC Porto, quer o Benfica podiam ter feito o golo, mas quer Darwin, quer Díaz estavam em dia não.
Na segunda parte, o jogo continuou equilibrado, com o FC Porto a denotar cansaço, fruto do exigente jogo na Madeira frente ao Nacional. Ainda assim, o Benfica, dominando um pouco mais territorialmente não criou nenhum lance de verdadeiro perigo, sendo que a única aproximação perigosa – Rafa, para defesa de Marche no chão – parece-me ser precedida de falta de Grimaldo.
Os dragões também tiveram um lance de perigo por Marega aos 69’, mas o jogo estava equilibrado e o resultado ajustava-se. No entanto, aso 73’ Taremi foi (bem) expulso e o jogo mudou de toada, com o Benfica em claro domínio territorial (mas sem criar perigo) até ao fim do jogo. De resto, a única oportunidade da partida foi do FC Porto, com um falhanço incrível de Marega à boca da baliza.
Reduzido a 10 elementos, Sérgio Conceição e o FC Porto foram inteligentes e fizeram imperar a velha máxima: “Se não dá para ganhar … não podes perder!”
Salientar apenas que quando Taremi foi expulso, o Benfica já deveria estar a jogar com menos dois por expulsões perdoadas, consecutivamente, a Pizzi e Nuno Tavares.
