O STA (Surpremo Tribunal Administrativo) rejeitou um recurso de Pinto da Costa contra a decisão que o condenou a 90 dias de suspensão e ao pagamento de 11.480 euros de multa, devido a críticas à arbitragem.
Em cima da mesa estão declarações proferidas pelo presidente do FC Porto à comunicação social, nas quais critica todo o setor da arbitragem da I Liga, a 7 e 14 de maio de 2019.
No acórdão de 18 novembro, mas que só hoje foi conhecido pela LUSA, os juízes decidiram não aceitar o recurso perante a “aparente exatidão do acórdão recorrido, através de um discurso fundamentado e plausível, sobre matérias que já foram apreciadas por diversas vezes por este STA”.
Tudo começou em julho de 2019, quando o presidente do FC Porto foi suspenso 90 dias e condenado ao pagamento de uma coima no valor de 11 480 €, por decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O líder máximo dos dragões recorreu da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto, que decidiu, por maioria, recurso procedente, revogando assim a decisão recorrida.
A FPF não se conformou com a decisão, recorrendo para o Tribunal Central Administrativo do Sul, que, em setembro de 2021, concedeu provimento ao recurso, revogando o acórdão do TAD e mantendo a decisão condenatória inicial.
O que está em causa são declarações de Pinto da Costa de 7 maio de 2019 ao jornal OJOGO: “muitas vezes os adversários vestem de preto, andam com um apito na boca ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão” e a 14 maio, também ao jornal JOGO: “Depoos do clássico, o campeonato decidiu-se em três sítios: Vila da Feira, Braga e Vila do Conde. São três jogos onde ainda gostava de saber quem, a partir daí, foi buscar os padres à sacristia”, em alusão a 3 jogos onde o Benfica foi claramente beneficiado.
Agora o recurso de Pinto da Costa foi recusado e o presidente do FC Porto acaba condenado por …dizer as verdades! Costuma-se dizer que quem diz a verdade não merece castigo, mas isso nunca é válido para assuntos relacionados com o FC Porto.