Empenhada em dar a Sérgio Conceição armas para atacar a revalidação do título, a SAD do FC Porto não equaciona negociar Corona e definiu que o mexicano só sai se alguém bater a cláusula de rescisão, cifrada nos 30 milhões de euros. Tecatito é um dos jogadores mais cobiçados do mercado azul e branco, mas também é um dos ativos desportivos mais importantes do FC Porto.
Em 2019/20 fez a melhor época de sempre: foi extremo, lateral, médio ofensivo e segundo avançado. Cumpriu sempre com qualidade as tarefas que Sérgio Conceição lhe endereçou e o treinador acredita que a permanência de Corona será decisiva para atacar a época em condições de estar na linha da frente para voltar a conquistar títulos. Aliás, a confiança em Corona é tanta que foi ele o jogador mais utilizado na época finda, ora em número de
jogos (51, à frente de Díaz, que somou 50), ora em minutos (4152, mais 50 do que os jogados por Alex Telles).
A perspetiva do jogador foi, em determinada momento, a de sair no final da época. O FC Porto soube sempre desse intuito e aceitou, na renovação até 2022, celebrada em março de 2019, a redução da cláusula de rescisão de 50 para 30 milhões de euros, como motivação para o mexicano poder sair. Antes da pandemia, Corona foi procurado com insistência pelo Inter de Milão e o seu empresário, Matías Bunge, teve até mais abordagens.
Os 30 milhões de euros eram, por essa altura, um valor ao alcance dos interessados. Entretanto, o mercado foi revisto em baixa e essa possibilidade não se voltou, para já, a colocar. Há, porém, um dado importante: o Inter está em competição, vai disputar a final da Liga Europa na próxima sexta-feira e mantém-se, por agora, focado apenas no capítulo desportivo. E o Sevilha, outro clube que tem aberto as portas a Corona, essencialmente pelas declarações do treinador, Julen Lopetegui, curiosamente é o outro finalista da prova. Ou seja, é até possível que um
ou outro voltem à carga já a partir da próxima semana, mas a SAD portista pretende fazer a vontade a Sérgio Con-
ceição e não está disposta a fazer descontos. Apesar de precisar urgentemente de faturar, a ideia continua a ser a de que os jovens da formação, habitualmente suplentes, possam render o suficiente para manter o núcleo duro da equipa no Dragão, com Corona no topo das prioridades. O jogador, um dos mais antigos da casa, não será problema, até pelo elevado sentido de profissionalismo que sempre revelou e dedicação ao FC Porto, onde se sente bem.
Fica Tecatito.