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O FC Porto foi segunda-feira sujeito a novo controlo financeiro por parte do Comité Financeiro da UEFA (CFCB), como estava, de resto, previsto no âmbito da vigilância daquele organismo para assegurar que a SAD liderada por André Villas-Boas está a dar passos concretos para restaurar a saúde financeira da instituição.
Há outro controlo agendado para dezembro, mas, por agora, a situação está perfeitamente estabilizada, depois de um esforço considerável feito em julho para cumprir os pressupostos do Regulamento de Licenciamento de Clubes e Sustentabilidade Financeira da UEFA. Na altura, o FC Porto apresentou comprovativos relativos ao último trimestre em que mostrou ter cumprido os chamados ‘overdue payables’ – atrasos no pagamento dos salários, dívidas vencidas às autoridades fiscais, Segurança Social e a clubes.
Sobre a monitorização feita na segunda-feira, o FC Porto terá até 15 outubro para resolver questões pendentes e fazer as correções necessárias. A equipa liderada pelo CFO José Pereira da Costa tem mantido as contas em ordem, abrindo um diálogo franco e aberto com a UEFA e também com os credores.
Este processo de verificação acontece na sequência da decisão do Comité de Controlo Financeiro da UEFA, conhecida a 17 de maio, de excluir o FC Porto por uma época das competições europeias. Exclusão essa que ficou suspensa e só será efetivada caso o clube azul e branco não cumpra o ‘fair-play’ financeiro durante as épocas de 2025/26, 2026/27 e 2027/28. Foi ainda aplicada ao FC Porto multa de €1,5 milhões por «dívidas vencidas a outros clubes de futebol, funcionários e/ou autoridades sociais/fiscais».
Uma herança da época 2023/24, daí a grande importância de a SAD cumprir os requisitos de solvência nos prazos regulamentares nas épocas 2024/25 e 2025/26. O FC Porto foi um dos 13 clubes a quem foram impostas medidas disciplinares por dívidas em atraso a clubes, funcionários e autoridades fiscais ou sociais. Vitória de Guimarães e SC Braga também foram visados pelo CFCB, com multas de €200 mil e €40 mil, respetivamente. Os dois emblemas minhotos regularizaram a situação, ainda que sobre o Vitória penda também o risco de ser excluído por um ano das provas da UEFA se as contas não forem normalizadas na época 2024/25. Segundo os vitorianos, esse é um cenário descartado, dado que a multa em causa foi paga. Liquidado foi também o valor de uma transferência a um clube que esteve na origem da decisão do CFCB.
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